Chesire(ou Lua de Cristal, parte 2, O Retorno)

Era o assador, e os saculerjões com os esfregachugos no eirado giravam... Upa lá lá, me enganei? Estarei totalmente quase confuso? Não, que não se confunda a primeira persona com a onisciência divina. Voltemos então à história de nossa heroína, querida por todos principalmente pelos junkers e Kurt Cobain.

Alice, mais conhecida como Branca de Mel, ou princesinha, ou linda senhorita, já havia assegurado sua passagem pelo labirinto das setas verde-limão, mas ela ainda teria que enfrentar as três provas lalariantes das fadas, e nem por isso menos difíceis. É claro que ela imaginava por baixo de seus cabelos loiros encontrar provas do tipo: quem come mais jujubas em menos tempo?, mas esse é o mundo real, onde as fadas odeiam jujubas, crianças e VOCÊ!!! Desculpem, eu me empolguei...
Mas então Branca de Mel tinha passado pelo labirinto das setas verde-limão, e agora estava com um problema nas mãos. Havia uma enorme e maciça porta de chocolate na sua frente. O que uma criança, aliás, uma menina faria diante de problema tãão trágico? Quer dizer, não havia um problema no fato da porta interromper seu caminho, mas no fato de ser uma porta de chocolate em uma história, digamos um conto, de fadas. Não há portas, paredes, janelas em contos de fadas que não escondam algo terrível por trás. Perguntem a João ou Maria para maior detalhes. E agora, o que fará nossa querida princesinha?
O que vocês achavam que ela faria? Bem, isso mesmo ela fez. A porta já tinha um rombo antes que vocês consigam dizer Sacurlejão. E por trás da porta estava a real surpresa, pois a bruxa má do leste não estava lá. No lugar da sua ausência estava um enorme tesouro. E no alto do tesouro havia algo que todas as crianças que já brincaram de caçada ao ovo da páscoa sabem o que é: uma pista. E Branca de Mel era uma dessas crianças.
Sem esperar por mais descrições de minha parte, Alice começou a subir na montanha de tesouro para pegar a pista. Mas quando ela tocou na primeira moeda de ouro do tesouro do touro que era do mouro, uma coisa estranha aconteceu. A moeda zumbiu, esquentou e de repente se transformou em outras 50 moedas iguais. Logo nossa querida heroína entendeu do que se tratava a primeira prova, e tentou encontrar um modo de passar pela montanha de tesouro de ouro que era do touro que pertencia ao mouro que picado por um besouro foi sem tocá-la. Mas ela era uma criança, e crianças são em sua maioria burras e impacientes. Por isso elas recorrem à magia. Ela puxou, então, sua varinha e disse: Accio pista!, fazendo a pista voar até ela. Tocando cuidadosamente a pista e com bastante cuidado também, leu o que se segue:

Você até aqui chegou,
Entretanto não mais poderá passar,
A não ser que não queira seguir
e a sua amiga fada encontrar.
O desdesejo é a chave
para o mundo de fantasia atravessar.
Não é sim, Sim é não,
e o contrário do espelho invertido
é tudo que agora você terá.

Ela leu e releu sem entender. Depois de se cansar da brincadeira de decifrar a pista, decidiu voltar para sua casa e brincar de chá com suas bonecas. No entanto, ao atravessar o portal de chocolate da porta de chocolate, se descobriu não mais dentro do corredor do labirinto, mas em um salão de festas vazio com uma inscrição na parede: "XU", e longe, muito distante mesmo, tão tão distante, ouviu um: "Ilari, lari, lariê...", enquanto um vento lúgubre soprava do Leste.




Não há qualquer plágio, alusão ou citação a outros textos infanto-juvenis de qualquer tipo nessa história. Qualquer acusação em contrário a isto será considerada ofensa ao autor do texto, que não é o BatMan, não senhor.
Bons sonhos aos medonhos cafarrinhos, aos lodoósos gimarrentos e aos sentimentais maricotinhas. E que nogreti fique na paz do senhor, agora e para sempre, Mén.