Eu ultimamente não tenho postado nenhum fruto da minha imaginação bizarra por aqui. E há uma razão boa para isso. Aliás, existe uma razão para isso. Ela não é boa, não me justifica e deixará todos os meus fãs sofrendo ataques convulsivos por causa de uma raiva inexprimível. E a razão é minha obtusidade. Todo mundo tá tão ocupado com coisas ultimamente, seja emprego ou estudando para faculdade, aprendendo novas linguagens e plataformas, desenvolvendo projetos pessoas e blá blá blá blá... blá blá, e eu por alguma razão inconsciente achei que também estava ocupado. É claro que eu também tenho trabalhos e provas, mas isso nunca me ocupou muito. E muito provavelmente é por isso que passo me arrastando (quando passo) em todas as matérias.
Eu acho interessante como todo mundo está falando de CQC ultimamente. Isso tudo porque o tal do Rafinha Bastos vem para cidade se apresentar. Comédia stand-up é o que há de mais comum, se você for uma pessoa que ainda não se retardizou assistindo horas seguidas de zorra. Mas é claro que ainda não perdeu nada do que torna esse tipo de apresentação genial, que é o improviso. Aliás, praticamente qualquer tipo de apresentação artística que envolva improviso é genial. Se for um bom improviso, claro. Só é preciso lembra dos DJs ou dos shows de rock, em que os caras ou são totalmente surtados, como no Biquini Cavadão, ou são absolutamente criativos, como os solos intermináveis dessas bandas de metal que fazem sucesso e não me agradam. Aliás, a maioria das bandas que eu gosto têm músicas com dois ou três acordes, um riff pegajoso e uma bateria furiosa.
Eu falei que o motivo de eu não postar mais nada era a minha improvável ocupação. Na verdade, eu também estou com uma placa de vídeo ultra potente lá em casa, mas isso é bem recente. E provavelmente não vai durar muito, portanto eu tenho que ir pra casa zerar Bully e Assassin’s Creed!... Mas não agora. Vou me controlar, quebrar os dedos dos meus pés e ficar aqui mais um pouco.
Eu estava assistindo uma aula de redes por esses dias, e percebi algo que me deixou quase assustado. As pessoas que trabalham com informática lidam com centenas de conceitos que para a maioria das outras pessoas é totalmente ignorável. Eles aprendem coisas como Camada de Apresentação, Broadcast, Memória Cache, Tipagem Dinâmica, e para aqueles que são programadores, toda uma nova linguagem de controle, cheia de palavras complexas com funções complexas, beirando ao nível da insanidade. Só listar todos os conceitos utilizados nesse meio, já daria uma enciclopédia à parte. E como é possível que ainda existam pessoas interessadas em se envolver com isso? Deve estar meio difícil para vocês entenderem, mas eu vou usar uma definição que eu vi na Wikipédia sobre a obra de um escritor americano chamado Thomas Pynchon: “A preocupação central da obra de Pynchon é explorar a acumulação e a inter-relação entre estes diferentes conhecimentos, que resultariam em uma realidade entrópica tangível apenas pela paranóia.” E é essa também minha principal preocupação. Uma acumulação tão absurda de conhecimentos que levaria a uma defasagem, e uma conseqüente destruição dos meus malditos neurônios. Eu não sei você, mas eu não quero ficar maluco. Ah, mas é claro que isso não acontece. A maioria das pessoas ignora e esquece todo o conhecimento que não está utilizando no momento. Mas e para aquelas pessoas que não forem capazes disso? Bem, essas estão batendo a parede na cabeça para derrubá-la do alto de seus pescoços...
Agora que o bicho-papão já aterrorizou vocês, ele vai para casa jogar no PC. Eu só queria dizer que amanhã eu vou estar na palestra da Microsoft para aprender mais alguns conceitos praticamente inúteis, e alguns poucos úteis. Não se desesperem. Se todas as minhas preocupações fossem concretizáveis, o universo já teria sido engolido três vezes nessa última semana. Ah, e não me internem também. Eu juro que vou ignoro metade das coisas que me contam ou ensinam.
:)