Era um dia como qualquer outro. Eu bebia meu uísque calmamente no balcão do bar daquele hotel, inconsciente dos problemas futuros que iria ter já que ainda não tinha desenvolvido a técnica da clarividência na época. Pensando bem, acho que ainda não desenvolvi. Detalhes...
O barman havia me servido uma dose de leite, sem gelo e com muito açúcar. Creio que o açúcar não era mascavo, motivo pelo qual amaldiço-o toda a descendência daquele desgraçado a partir de agora. Enquanto pensava em coisas(ou não), entrou um anão afoito pelas portas giratórias do bar do hotel. Infelizmente(para o anão), ele havia entrado assaz afoitamente, de modo que havia girado rápido demais e saído do mesmo modo que havia entrado. Depois de apreciar tal artifício de comédia pastelão, voltei ao meu uísque com leite e sem gelo, com açúcar, sem mais ligar para tal criaturinha do reino de Bolsão. Entretanto, aquele não era realmente um dia como qualquer outro como eu havia dito anteriormente na minha primeira frase...
O anão, desta vez esbaforidamente, se dirigiu até o barman mancando. Então eu percebi o motivo do bufar, sugar e peidar incessante do anão: ele era de uma raça especial de anões de três pernas mancos que tem a estranha singularidade psico-genética de projetarem uma terceira perna inexistente. À essa síndrome exótica os psiquiatras dão o nome de Síndrome dos anões de três pernas mancos, como seria de se esperar e realmente é.
Retornando ao caso em questão, ia o anão e finalmente chegou, gritando com pompa e galhardia a seguinte frase: "Yo-ho, Yo-ho, as velhas mijonas...". Nesse momento, o garçom irrompeu em um acesso apoplético de tosses-pigarros, que consistem basicamente em um ruído estranho feito com a garganta, o lábio inferior e o nariz tampado. Obviamente o humilde servidor de bebidas iria desmontar a qualquer momento - ou então ingressar na carreira de Bit-Bops. Ele então disse: "Quem é você para falar de velha no meu bar, anão de três pernas manco? Queres me intimidar com seu estereótipo de bolchevique-pós-liberal? Por acaso eu já não sei que nós anexamos o equador no ano passado como ilha-colônia brasileira?!"
Percebi então quão o garçom estava sendo perverso e - por que não dizer? - pervertido com aquele anão, pois ele estava na verdade bêbado. O anão de três pernas manco, eu quero dizer. De qualquer modo, o anão, realmente muito pouco refestelado com tal ignomínia à sua honra e sua ascendência totalmente desconhecida tanto por parte de mãe como por parte de leiteiro, puxou uma cimitarra de três metros ameaçadoramente na direção do barman(nota: o sistema de medição dos anões é, em comparação com o nosso, três vezes menor. Ou seja, se um anão de três pernas manco diz que tem 27 cm de pênis, reduza esse tamanho para nossos ínfimos 9 cm). Eu poderia temer pela vida de nosso querido barman, que já conquistava meu coração e também o de Grace Kelly, não fosse o fato do anão começar a ter espamos violentos, convulsões e a espumar pela boca. Foi então que eu percebi que aquela cimitarra não era uma cimitarra qualquer. Se tratava de um modelo especial desenvolvido especialmente com tecnologia alienígina para ser vendida nas lojas de 1,99 de Beta da Ursa Menor. Infelizmente para o anão, aquelas cimitarras eram feitas com o material mais abundante do universo atualmente: plutônio enriquecido bruto. Perecendo ante à radiação sofrida pelo plutônio, o anão iria morrer em breve.
Mas o destino é um caminho insidioso de saídas irônicas e maliciosas, pois foi justo naquele momento que o barman percebeu a semalhança daquele anão com um personagem de seu próprio passado. E enquanto o anão vomitava, defecava, cuspia e gritava rouco:"me possua, me possua!!!", o barman apenas segurou sua cabeça delicadamente, sorriu triste e disse: "Adeus, Tio Larry".
Thursday, June 21, 2007
Sunday, June 10, 2007
Rolhas Rulez
Desculpem qualquer demora da ordem de milhares de anos-luz, mas... bem, cada um sabe onde o calo aperta... ou costume de casa vai à praça... ou água mole em pedra dura, tanto bate até que fura... ou quando estiver bêbado nunca fique sozinho com aquele seu amigo que escuta Maria Bethânia...
Depois de uma carga tão massiva de provérbios inúteis e fora de contexto, vamos ao que interessa:
Em um dia qualquer, estava eu na seção de bebidas junto com alguns amigos por um motivo que não importa, quando me deparei com algo que me assombrou: um pacote aberto de... ROLHAS!!! =O
Isso mesmo, meus caros, rolhas. Eu também fiquei um pouco assustado quando as vi pela primeira vez. Imaginem o meu terror, como aquele emoticon ali em cima.
Pois bem, o medo então cedeu lugar à dúvida. Por qual motivo maléfico as indústrias terroristas Talebenhas(pois só elas podiam estar por trás de tal manufatura atroz) produziam aquelas miniaturas do mal e, por que não dizer, de Satã?! A luciana tentou elucidar a questão com seus argumentos sofismáticos, dizendo: "Ora, para quando se perder uma rolha você ter uma reserva em casa..."
No entanto, tal "conversinha" não poderia me enganar assim tão facilmente. Se tratava obviamente de uma verdade muito mais obscura e terrível, que eu, com meu cérebro incrivelmente avantajado, viria a descobrir mais tarde.
Vamos analisar primeiro o vasto mercado consumidor internacional de rolhas... depois de alguns minutos de intensa divagação qualquer idiota irá perceber o que eu percebi em poucos segundos: Não existe nenhum mercado consumidor internacional de rolhas! O PIB de nenhum país se baseia na exportação de rolhas; não existe gráficos de rolhas na bolsa de valores; não há sequer uma multinacional especializada em adquirir matéria-prima, produzir e vender rolhas. Então o que as rolhas estão fazendo nas prateleiras do super-mercado que eu frequento?
Quando eu estava pensando nisso, estava assistindo televisão. Por isso, não pude chegar muito longe no meu raciocínio. Mas depois, quando essas idéias me ocorreram novamente como uma pelota de lama arremessada com força contra minha consciência, eu pude perceber a verdade por trás...
As indústrias talebenhas estão se aproveitando de um fenômeno muito frequente em países sub-desenvolvidos que estão se tornando grandes potências: O nicho desnecessário de mercado. Essa minha teoria é muito complexa mesmo, mas para a compreensão dos idiotas que lêem esse blog eu vou resumir em palavras simples e frases de efeito(como eu sempre faço). É o seguinte, em um país como o nosso, que tem uma infra-estrutura de merda, o desemprego assola os lares. Ao mesmo tempo, existe uma brecha para todo e qualquer novo negócio que esteja pronto a sacudir um pouco a economia. Existe apoio de alguns bancos para toda nova micro-empresa que esteja começando. Pensando nisso, a indústria mais conhecida do mundo, a do terror, teve uma idéia sinistra... eles estão, simplesmente, atolando nosso mercado com bugigangas inúteis rotuladas como "boas-idéias" para desestabilizar nossa economia e nos levar à falência. E quando eu digo "nós" eu quero dizer o PAÍS INTEIRO!!!
Mas por que eles fariam isso? A resposta pode se resumir a uma palavra, aliás, uma sigla que representa o plano grotesco deles: N.S.M.E.V.F.C.T.M.(ou seja: Nós Somos Maus E Vamos Ferrar Com Todo Mundo)!!!
É isso, senhoras e senhores do júri. Eu sei que a verdade é bem pior que o mundo de sonhos e falácias em que vivíamos antigamente, mas a verdade precisava ser dita. Tenham uma boa vida... enquanto podem!
Há!
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